domingo, 18 de maio de 2008

LAMENTO DA PERIFERIA


Quem acha que é muito duro tudo o que vou te falar

Não sabe nada da vida ou nunca esteve por lá

Viver lá não é moleza nisso eu tenho razão

Pois falta de tudo minha gente até sandálias e pão


Vivem abandonados por conta da própria sorte

Poder público não se acha procure de sul a norte

E toda aquela gente sofrida procura se animar

Buscando sorte na vida não sei se ela chega por lá


Moradia decente na certa não se encontra por lá

Saneamento nem praças para os meninos brincarem

Falta tudo em estrutura de um bairro organizado e decente

Até parece que lá não mora e nem vive gente


Escola até que existe mais é difícil entender

A fome fala mais alta fica impossível aprender

Contam minutos por minutos a hora de a merenda chegar

Quem sabe assim a fome pode um pouquinho se acalmar


De quatro em quatro anos passam os candidatos por lá

Pedindo votos dizendo que a situação vai melhorar

Depois que se elegem no bairro volta mais não

E o pessoal de bobeira espera mais uma eleição


Vivem na esperança que um dia as coisas vão melhorar

Mas é preciso minha gente coragem para lutar

Lutar por uma vida descente em que todos possam ganhar

Moradia, saúde, segurança e educação pra mudar


Muitos clamam ao senhor achando que é a solução

Não sou descrente e acredito que Deus é a nossa união

Mas não cruze os braços irmão esperando um milagre chegar

Pois toda conquista é árdua só lutando podemos mudar.



Edi Santana Barbosa

Professor da Rede Estadual e MunicipalJuazeiro-BA
Pós-Graduado em Metodologia e Didática do Ensino
Superior/ Poeta.










3 comentários:

Anônimo disse...

só assim tive oportunidade de ler uma das suas poesias. Sabe é muito bom quando usamos algo que ajuda a comprensão e principalmente desperta o gosto do aluno pela construção do conhecimento, mas confesso estou longe de dominar essa nova ferramenta.

Luguimaraes disse...

Edi essa anônima sou eu Lucineide

Luguimaraes disse...
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